terça-feira, 12 de agosto de 2008

QUESTIONÁRIO GAY

Matéria de hoje no Globo:

Entidade espera que candidatos a prefeito de Salvador assumam defesa de homossexuais
SALVADOR - "O senhor apóia a nomeação de homossexuais assumidos e competentes para ocupar cargos do primeiro e segundo escalão do governo municipal? Apóia a atribuição do nome de homossexuais célebres a logradouros e instituições municipais?". Essas são duas das dez perguntas que serão enviadas aos cinco candidatos a prefeito de Salvador por organizações ligadas ao movimento homossexual lideradas pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), para sondar o nível de apoio dos concorrentes à prefeitura à luta dos homossexuais.
Em primeiro lugar, devo deixar registrado que uma das minhas melhores amigas é homossexual, o que me dá bastante tranqüilidade para abordar o assunto.

Vamos à matéria. A manchete diz que o Grupo Gay da Bahia espera que o futuro prefeito defenda os homossexuais. Eu, se fosse candidato, me recusaria a fazer isso. Como prefeito devo defender a todos os cidadãos da cidade, independente de sua orientação sexual, política, religiosa e por aí vamos.

Não me negaria a contratar um homossexual para um cargo público. Só não aceitaria a sua imposição PORQUE É HOMOSSEXUAL. Caso nomeado, também não pensaria duas vezes antes de demiti-lo devido a declarações desastrosas, abuso de autoridade ou malversação de dinheiro público.
Ao lado das perguntas há um "sim" e um "não" para que os candidatos marquem suas respostas. Pelos cálculos do GGB, a capital baiana tem cerca de 300 mil gays, lésbicas, travestis, transexuais e bissexuais.
Ah, saquei... É um questionário para ser respondido por livre e espontânea pressão... É claro que a finalidade deste questionário altamente democrático é fazer com que o candidato concorde com tudo, né? E se alguém responder um "nãozinho" que seja? Vocês já imaginaram o fuzuê que vai ser? Salvador vai parar por dez dias por causa da Micareta do Orgulho Gay!
- Eles votam, pagam impostos, estão presentes em todos os setores profissionais, mas continuam sendo o grupo social mais discriminado em nossa sociedade, vítimas da homofobia, o ódio anti-homossexual - diz o antropólogo paulista Luiz Mott, fundador do GGB.
Bom, até aí tudo bem. Heterossexuais também pagam impostos e não tem uma porra duma ONG para defendê-los, hehehe... Inclusive, a maioria dos 50 mil assassinados por ano no Brasil é de heterossexuais.

Agora gostaria de saber onde, no Brasil, há uma homofobia acirrada, um ódio anti-homossexual. Vocês conhecem algum movimento organizado contra homossexuais no Brasil? Uma Ku Klux Klan tupiniquim que viva caçando gays? É um exagero de Mott...
Segundo levantamento do GGB, a Bahia é o estado onde mais homossexuais são assassinados: houve 18 homicídios em 2007, e 16 no primeiro semestre de 2008.
Desses assassinatos, todos eles foram COMPROVADAMENTE causados por homofobia? Não podem ser crimes onde a vítima POR ACASO era homossexual? Um latrocínio, por exemplo? Ou quantos destes crimes foram passionais, ou seja, homossexual matando homossexual? Gostaria de saber...

- Os políticos são peças vitais na erradicação da homofobia, e os prefeitos têm poder para estimular e apoiar propostas da Câmara Municipal visando à cidadania plena da população homossexual - ponderou Mott.

O que é cidadania plena? Bom, gays podem votar, trabalhar, criar, viajar, podem fazer tudo o que um heterossexual faz. E querem até mais: transar em público no Ibirapuera, por exemplo.

Os grupos querem saber se o novo prefeito estará disposto a capacitar os postos de saúde a desenvolver programas de prevenção à Aids e demais doenças sexualmente transmissíveis,
Hummm... Que tal estimular... hã... a castidade? Hehehehe...

e se apoiará estender aos parceiros homossexuais de funcionários municipais os direitos previdenciários e trabalhistas dos heterossexuais.
Quanto a isso, nada contra.

O questionário, que pede resposta até sexta-feira, sonda se o futuro governante apoiaria "a abertura de vagas para gays e lésbicas no quadro institucional da Guarda Municipal a fim de ocuparem-se do policiamento das áreas predominantemente freqüentadas por homossexuais".

Bom, também nada tenho contra a presença de homossexuais nas Forças Armadas, na Polícia Miltar ou onde quer que seja, desde que sigam a disciplina, as regras, a hierarquia como todos os outros integrantes. Mas deixa eu ver se entendi: o Mott quer cotas para gays e lésbicas entrarem na Guarda Municipal? Só faltava essa...